O governador Wellington Dias participou, virtualmente, na quarta-feira (16), da audiência pública destinada a combater os impactos provenientes do Projeto de Lei Complementar nº 05 de 2021. Ele foi convidado pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados para participar da reunião como palestrante.
“A proposta mediada é de que haja a prorrogação do incentivo e que se tenha a redução desse estímulo de forma gradativa, dentro do prazo, até o patamar desejado. Cobramos a agilidade do projeto pactuado com 27 estados da federação e municípios. O projeto está na Câmara e Senado e precisa ser colocado na pauta de prioridades, uma vez que ele reduz tributação e coloca um fundo voltado para ser instrumento de atração de investimentos. Esse projeto vem numa hora importante para o Brasil e garante uma condição real de ter uma política de estímulo, reduzindo carga tributária do consumo e garantindo a eficiência na atração de investimentos, principalmente nas regiões menos desenvolvidas”, disse Wellington Dias.
A comissão que trata do projeto é coordenada pelo deputado federal Júlio César Lima (PSD). A audiência contou com a presença do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, do ex-ministro Henrique Meirelles e entidades do comércio e agricultura.
Agronegócio bate recorde de US$ 14 bilhões em exportações em maio. O mercado mundial vive um uso intensivo de commodities. O mês de maio deste ano registrou recorde nas exportações de produtos do agronegócio, com US$ 13,94 bilhões, alta de 33,7% em relação a maio de 2020.
De acordo com análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as vendas foram influenciadas pelo incremento nos preços internacionais das commodities. O índice de preço dos produtos do agronegócio exportados pelo Brasil aumentou 24,6%, enquanto o crescimento do índice de quantum foi de 7,3%.
Analistas apontam que a pandemia precipitou uma nova era de uso intensivo de commodities, na medida em que os governos enfatizam a criação de empregos e sustentabilidade ambiental, ao invés do foco na estabilidade financeira desencadeado pela crise de 2009. Além disso, a forte demanda chinesa permanece pressionando os preços de grãos, como milho e oleaginosas, destinados à recomposição e ampliação dos rebanhos suíno e de frango na China.
Apesar do forte incremento das exportações do agronegócio, a participação do setor diminuiu de 59,5% das exportações totais brasileiras (maio/ 2020) para 51,7% (maio/ 2021). As importações do agronegócio subiram, passando de US$ 837 milhões (maio/2020) para US$ 1,22 bilhão (maio/2021), com alta de 13,5%. O saldo da balança ficou em US$ 12,71 bilhões.
O complexo soja continua como principal destaque, responsável por praticamente 60% do valor das exportações do agronegócio no mês passado.
De acordo com o boletim da SCRI, o cenário internacional da soja em grão reflete baixos estoques norte-americanos e elevadas aquisições chinesas. As importações totais chinesas de soja em grão cresceram 12,8% em 2021, passando de 33,9 milhões de toneladas, entre janeiro e maio de 2020, para 38,2 milhões de toneladas na comparação com o mesmo período deste ano.
As exportações brasileiras registraram volume recorde de 16,4 milhões de toneladas de soja em grão em maio (+16,3%). O montante e a elevação do preço médio de exportação (+34,5%; US$ 447,73 por tonelada) geraram valor recorde de US$ 7,34 bilhões nas exportações do produto (+56,3%): +US$ 2,64 bilhões em valor absoluto.
Em maio, a China foi o país que mais importou soja em grãos (11,2 milhões de toneladas), equivalente a 68% do total exportado pelo Brasil ou aumento absoluto de 1,1 milhão de toneladas em relação a maio de 2020. A União Europeia aparece na segunda posição com 1,552 milhão de toneladas (-8,8%), seguida pela Turquia com 730 mil toneladas (+74,5%).
Fonte: Meio Norte