Neste domingo (11), grupos cristãos realizaram “Marcha da Família Cristã pela Liberdade”, com manifestações em cidades do país contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou estados e municípios a impor restrições a celebrações religiosas presenciais, como cultos e missas, em templos e igrejas durante a pandemia de Covid-19.
O julgamento aconteceu na última quinta-feira (8). Nove ministros votaram a favor da autonomia dos estados e municípios sobre a questão. E dois ministros divergiram, Nunes Marques e Dias Toffoli.
DF
Por volta das 10h, os manifestantes se encontram em frente ao Museu Nacional, vestidos de verde e amarelo, carregando bandeiras e faixas com mensagens contra o STF e a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Minutos depois, o grupo seguiu em caminhada até o Congresso Nacional, acompanhado por carros de som.
Cristãos protestam contra decisão de STF de restringir cultos e missas presenciais, em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução
Os manifestantes também levaram faixas pedindo “intervenção militar com Bolsonaro no poder”, o que é inconstitucional. Pela Constituição, vigora no Brasil o regime democrático e ela determina que Congresso e STF façam parte dos poderes da República e devem ter autonomia.
Manifestantes levaram faixas pedindo intervenção militar, o que é inconstitucional — Foto: Alexandro Martello/G1
SP
Os manifestantes se reuniram por volta das 13h na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) e seguiram para a Avenida Paulista, onde se encontraram em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) às 14h. Um grupo de pessoas exibiu faixas e cartazes com mensagens como “Fora Dória” e com pedidos do fim das restrições de abertura do comércio e igrejas.
De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), houve ocupação das quatro faixas da avenida na altura da FIESP – uma delas foi liberada por volta de 15h47. A manifestação foi encerrada por volta das 17h15.
Manifestantes se concentraram na frente da FIESP, na Av. Paulista, em São Paulo — Foto: Roberto Sungi/Futura Press/Estadão Conteúdo
Manifestante mostra cartaz contra o governador de SP, João Doria — Foto: Roberto Sungi/Futura Press/Estadão Conteúdo
Em Santos, no litoral de São Paulo, a manifestação começou no início da tarde deste domingo (11) com concentração na Praça da Independência, no Gonzaga, às 14h. Centenas de manifestantes carregavam bandeiras do Brasil. Uma faixa segurada por um casal de manifestantes dizia: “Todo serviço é essencial. Todo comércio é necessário. Todos precisam trabalhar”. Outro manifestante segurava um cartaz com uma foto do presidente Jair Bolsonaro ao lado de Jesus.
Os manifestantes andaram pela Avenida Ana Costa em direção à praia, onde seguiram pela orla até a Igreja do Embaré, local em que será feita uma nova parada.
Manifestantes em Santos — Foto: Carlos Nogueira/Jornal A Tribuna
RJ
O protesto interditava parcialmente a Avenida Atlântica, na Zona Sul do Rio, no início da tarde deste domingo (11). Por volta das 12h, a manifestação chegou a provocar o fechamento total da Avenida Atlântica, sentido Ipanema, na altura do posto 2. Por volta das 12h45, o grupo ocupava apenas uma faixa da pista, na altura da Rua Bolívar.
Manifestantes na Av Atlântica no Rio — Foto: Reprodução/COR
MG
Cerca de 300 pessoas fizeram uma caminhada pelas ruas da região central de Belo Horizonte. Com bandeiras e camisas do Brasil, eles usaram apitos e gritaram palavras de ordem pedindo a intervenção no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Congresso, o que é inconstitucional, e a criminalização do comunismo.
Manifestantes em Belo Horizonte carregavam faixas com mensagens inconstitucionais — Foto: G1 MG
RS
Em Porto Alegre, a macha começou na estátua do Laçador, próximo do Aeroporto Salgado Filho, por volta das 14h, e seguiu até o Parque Moinhos de Vento. O trânsito de veículos chegou a bloquear a entrada da cidade, nas proximidades da Ponte de Guaíba.
No Parcão, o movimento de pessoas foi pequeno. Um carro de som foi colocado na Avenida Goethe. Não há informações sobre quantos participantes teve o evento. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC), cerca de 300 veículos participaram da carreata.
Manifstantes contra o fechamento de igrejas e templos fecharam uma via da Av. Goethe, em Porto Alegre — Foto: Marco Favero / Agência RBS
RN
O ato começou às 9h e foi em frente ao shopping Midway Mall, que fica no cruzamento entre as duas principais avenidas de Natal. O lema é “Deus, Família e Liberdade”. Os manifestantes estavam com bandeiras do Brasil, algumas de Israel. Eles seguravam cartazes de respeito à liberdade e ao culto e também alguns cartazes contra os “comunistas”.
Interior de São Paulo
Em Campinas, o ato começou por volta das 10h. Em carros e também a pé, manifestantes foram em direção à Escola de Cadetes, em Campinas. A concentração foi por volta das 10h no Largo do Rosário, Centro, e depois disso eles foram até a região da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPECx). Os participantes começaram a dispersar às 13h e durante o período não foram registrados incidentes, nem reflexos no trânsito, segundo a prefeitura. Havia bandeiras do Brasil e faixas com pedido de intervenção militar, o que é inconstitucional e ilegal. O grupo contestava “direitos tirados por prefeitos/governadores”.
Manifestantes contra o fechamento de igrejas levaram faixas para as ruas em Campinas — Foto: Eduardo Rodrigues / EPTV
Um grupo participou de carreata contra o fechamento do comércio e igrejas em São José do Rio Preto. A Carreata da Família Cristã pela Liberdade começou às 10h, com concentração no Centro Regional de Eventos. Em seguida, os manifestantes foram ao Tiro de Guerra e seguiram para a frente da prefeitura de Rio Preto. A Polícia Militar acompanhou o ato, que foi pacífico e terminou no início da tarde deste domingo.
Em Botucatu, um grupo participou da Marcha da Família Cristã pela Liberdade na Avenida Dom Lúcio. Segundo a Polícia Militar, a manifestação foi pacífica e durou cerca de 40 minutos.
AM
Um carro de som e outros veículos ficaram concentrados na avenida Autaz Mirim, em Manaus, na manhã deste domingo. Vestidos com bandeiras do Brasil, o grupo cantou o hino nacional e manifestou apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
Protesto Marcha de Jesus pela Liberdade em Manaus — Foto: G1
PI
Por volta das 16h, os manifestantes se reuniram diante da Assembleia Legislativa do Piauí, no Centro de Teresina. O grupo levou bandeiras do Brasil e do Piauí, e fez uma curta caminhada até o vão da Ponte Juscelino Kubitschek. Depois, de volta ao pátio da Alepi, os manifestantes fizeram orações. Eles usaram marcações no chão para ficar distantes um dos outros. O grupo carregava ainda faixas e cartazes contra as medidas restritivas, contra o STF e com referências ao caso do cabo Weslley Soares Góes. Segundo a Guarda Civil Municipal, a manifestação foi encerrada por volta das 18h.
Manifestantes em Teresina — Foto: Pablo Silva/ TV Clube
AC
A carreata ocorreu por volta das 17h deste domingo, a concentração ocorreu no estádio Arena Acreana e depois seguiu pelas avenidas de Rio Branco. Foi coordenado pela Liga das Igrejas Evangélicas e foi contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou estados e municípios a impor restrições a celebrações religiosas presenciais, como cultos e missas, em templos e igrejas durante a pandemia de Covid-19.
PR
A carreata saiu do Centro Cívico de Curitiba por volta das 14h e percorreu diversos bairros da cidade até que se dispersou por volta das 17h. Os carros levavam, em sua maioria, bandeiras do Brasil e eram guiados por um carro de som. Não houve nenhum incidente.
SC
Em Florianópolis, o ato foi no Trapiche da Beira-Mar Norte, tradicional ponto de manifestações na capital catarinense. Apesar das aglomerações estarem proibidas, os manifestantes ficaram próximos uns dos outros e nem todos usavam máscaras. A maioria usava roupas com as cores verde e amarelo e portavam bandeiras do Brasil e também do império.
MS
Manifestantes realizaram, na manhã deste domingo uma carreata em Campo Grande pedindo o fim de medidas restritivas contra a Covid-19 na capital, para liberação do comércio. A Polícia Militar não divulgou quantos veículos participaram da carreata, mas afirmou que tudo ocorreu de forma pacífica.
Liderados por um carro de som que pedia a volta do comércio, e com banners afirmando “Trabalho é vida, lockdown é morte”, além de “Essencial é o trabalho que me permite manter minha família”, os manifestantes percorreram pontos importantes da capital, como a Avenida Afonso Pena, até chegarem ao Comando Militar do Oeste (CMO), na Avenida Duque de Caxias, onde a carreata foi finalizada.
Além de faixas e cartazes, os participantes vestiam camisetas com as cores da bandeira e enfeitaram os carros com bandeiras do Brasil. Alguns manifestantes chegaram a descer dos veículos, o que gerou certa aglomeração na avenida.
O ato foi organizado pela “Macha da Família MS”, e amplamente divulgado nas redes sociais. Segundo os organizadores, a carreata também defendia “a fé, a família e a liberdade individual”.
ES
Em Vitória, um grupo se encontrou na Praça do Papa e seguiu numa carreata pela cidade.
PA
Em Belém, os manifestantes se concentraram às 9h na escadinha da Estação das Docas e foram até o Portal da Amazônia.
PE
A Marcha pela Família saiu do Parque Dona Lindu, no bairro de Boa Viagem. Um mini-trio está indo para uma padaria do bairro de Boa Viagem arrecadar mais alimentos. Logo após, a carreata seguiu pela avenida Boa Viagem e foi até o Shopping Tacaruna, no município de Olinda. Em seguida, fez o retorno e voltou para Boa Viagem.
Fonte: G1 | Foto: Pablo Silva/ TV Clube